Chegou um momento em que desisti de viver.
Neste instante, acreditava que o poder de definir isso estava comigo e a esta doença, que só de pronunciar o nome eu sentia raiva.
Por mais estúpido que pudesse ser aos outros este sentimento, eu o vivia e por mais confortante que fossem as palavras recebidas, eu me negava a ouvi-las.
Eu me permiti viver isso, mas chegou uma hora que resolvi parar.
A tristeza consumia mais do que era capaz e o fato era que não teria meu fim por conta daquilo que me foi colocado, mas do luto que ela havia me causado.
Então parei, pensei e decidi que por mais que quisesse arrancar isso de mim, ela não sairia.
Hoje convivo, tenho altos e baixos. Luto por ser forte, até em minhas fraquezas. Não nego fragilidades, mas busco forças sempre.
Ser positivo me deu a arte do convívio e o prazer novamente da vida.
Não nos julgue, ela não é a pior das doenças, mas é a minha doença. Se não quiser entender, apenas respeite.
Sim, a quem me refiro tem o nome de diabetes, mas a frente dela tem um ser humano disposto a acertar e que diariamente escolheu não desistir de viver.